Giovane Gávio era bem pequeno e o vôlei já fazia parte de sua rotina e de sua família. Único menino dos quatro filhos do casal João Ayrton e Lecy, assistiu pela TV à consagração da ‘Geração de Prata’. Dentro de casa, o exemplo era a irmã mais velha, Gisele, que já dividia seu tempo entre estudos e quadras, e era comum ver Giovane acompanhando-a nas partidas. Tanto interesse pelo vôlei fez Gigio se apaixonar pelo esporte. Mal sabia ele que ali começava um caso de amor que já dura mais de 30 anos. Aos 13 anos, Gigio deixou o judô de lado para dar seus primeiros saques no Clube Bom Pastor, em Juiz de Fora (MG). E não imaginava até onde o vôlei o levaria. Dono de duas medalhas de ouro olímpicas (Atenas-2004 e Barcelona-1992), o eterno camisa 3 fez mais de 400 partidas oficiais com a camisa da Seleção Brasileira rodando o mundo e colecionando títulos, levando o nome do país ao lugar mais alto do pódio e construindo uma das carreiras mais vitoriosas do esporte nacional. E pensar que o sonho de criança era ser piloto de caça…
Campeão do Campeonato Mundial, tetracampeão da Liga Mundial, da Copa do Mundo… Giovane foi eleito ‘Melhor Atacante’, ‘Melhor Bloqueador’… Melhor Jogador do Mundo’. Se aventurou ainda numa curta passagem pelas areias, deixando sua marca, sendo campeão brasileiro na praia. Em 2005, anunciou sua despedida do vôlei como jogador.