Muito se fala hoje em dia sobre a importância de ter criatividade, inclusive é o foco de muitas universidades e empresas que exigem um alto índice criativo de seus alunos e colaboradores. Mas o que pouca gente fala é sobre onde basear a criatividade, e é a partir daí que dou muita importância para o repertório da pessoa.
Acredito que todos somos capazes de perceber qual o tipo de repertório que a pessoa tem quando ela expressa algo, faz um trabalho, puxa uma conversa e diante disso demonstra uma certa originalidade criativa, pois esse tipo de pessoa demonstra que tem experiência prática ou dúvidas nunca feitas, ou reflexões mais profundas que muitos “pensadores contemporâneos”.
Às vezes, nós vemos algumas pessoas querendo ser criativas do nada, querem melhorar a roda sem nunca terem andado de bicicleta, ou , por exemplo, expõem reflexões (para não dizer palpite) sobre a vida dos outros e querem mostrar o quão entendedores são do comportamento humano que poderiam escrever artigos científicos que revolucionariam a psicologia. Mas o que notamos de fato é que quem não experimentou não sabe dizer o que é de fato bom e muito menos saberá mudar o que for ruim ou não tão bom assim. Ou seja, sem vivência, experiência, estudo, entendimento nós ficamos limitados em propôr e expor algo diferente do que já se vê.
O seu repertório de vida te dá uma grande base para ser criativo, inventar, reinventar, estudar, trabalhar da forma que quiser e que for bom para os outros. E se de fato você experimentou algo, as pessoas vão se identificar e vão “comprar” a sua ideia, a sua filosofia, a sua reflexão e vão te considerar uma pessoa criativa, inovadora e/ou original.
Então, aprenda continuamente – não pare mesmo! Pois a mente e o espírito expandem-se quando se abrem a lugares, pessoas, comidas, sabores, músicas, experiências e culturas diferentes. Somos o resultado das experiências que vivemos.
* Texto retirado do blog do Eduardo Zugaib e reproduzido aqui no Clube do Palestrante.
Foto de capa: Johannes Plenio