Passar muito tempo recluso em nossas próprias convicções ou alheios à mudança que ocorre ao nosso entorno, nos leva a crer que, o nosso limite de liberdade de expressão, pensamentos e conhecimento de novos ambientes limitou-se àquele imposto por nós mesmos, pelo não querer conhecer os desafiadores ambientes que sobressaiam ao nosso cotidiano.
Assim como os poderosos e valentes felinos que se arriscam na jornada diuturna em busca de alimentos, desenvolvimento órteo-muscular, novos cheiros, relacionamentos, ambientes e desafios, aprimorem-se para a evolução da espécie, nós também precisamos expandir os nossos horizontes do conhecimento, acompanhar as mudanças de comportamento, tecnologia e evolução científico-espiritual para empreender a evolução de nossa espécie.
Vivemos num momento único, na transição do ciclo da informação e do conhecimento, onde o autoconhecimento (Inteligência Intrapessoal) é a catapulta para impulsionar a descoberta de novos saberes, liberar-se das amarras dos antigos paradigmas e prospectar pensamentos de abundância, com fortalecimento de nossa energia psíquica e menos física, mais introspectiva que exponencial de querer tornar o mundo aquilo que não somos.
O grande psicanalista Viktor Frankl, em obra “Em Busca do Sentido”, declara que devemos ser a mudança que almejamos no mundo, mesmo quando não alcançarmos aquilo que desejamos, nos vemos desafiados a mudar a nós mesmos. Assim, os ensinamentos milenares de filósofos, pensadores, religiosos e historiadores se contornam à mesma espiral: o centro energético de nosso ser, desprezado e menosprezado na avalanche contemporânea das informações, sem o filtro do discernimento adequado para equacionar e tornar racional, tudo o que nos é ofertado pelas diversas áreas do saber.
A evolução pessoal e depois a busca pelo auxílio mútuo dos relacionamentos interpessoais, coadunam com o propósito de evolução, de ajudar ao próximo, de fazer o bem, de alcançar a evolução do espírito sobre a matéria, vencendo os pensamentos de escassez, comparativo e competitivo de que representamos aos outros aquilo que temos e não aquilo que somos.
O entendimento é simples. A questão é rasa, no sentido lógico. Tão óbvia é que insistimos em viver na escuridão da ignorância e não se deixar absorver da egrégora que habita o propósito de nossa existência, o encontro com a pureza das energias e a evolução do espírito puro diante da alma maculada.
Diante da evolução oferecida (filosófica, científica e espiritualmente), creio que falte pouco para que o saldo seja apurado, o joio seja separado do trigo e que as criaturas que tiveram a mesma proporção de oportunidade, tenha realizado o seu usufruto da melhor maneira, aproveitando a oferta de crescimento interno e compreendido qual a finalidade de nossa existência neste momento do universo.
Complexo? Que anda, àqueles que vivem como seres da quinta dimensão compreenderão em palavras e sentimentos o objetivo deste texto e cientificarão que o caminho para a evolução, depende ainda de [poucos] passos, cuja relatividade do tempo não desmerecerá o valor da espera.
Que o novo ano promova o encontro de nossos propósitos com algo maior, preenchendo-nos finalmente da felicidade a qual buscamos, de maneira integral e não apenas superficial, nomeada pelo dinheiro e bens que formam a fina casca da alegria, mas que, assim como o cristal, não está preparada para os impactos advindos das provações que nos será imposta, forjando nas intempéries, a força de nossas emoções, relacionamentos e busca de nossos verdadeiros ideais.
* Texto escrito por Adilson Martins, publicado originalmente perfil do LinkedIn dele e reproduzido aqui no Clube do Palestrante.
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