A reserva financeira é um recurso que serve para suprir eventos emergenciais em sua vida. E quando falamos de emergências, não tratamos só de crises, como a pandemia do coronavírus. Esse fundo de reserva também deve servir para qualquer tipo de situação que interfira em sua renda habitual: desemprego na família, problemas de saúde, um carro quebrado, uma reforma corretiva em casa, ou algum outro item de necessidade que precisa ser reposto ou consertado, etc. É esse dinheiro que resguarda suas finanças para eventualidades e mais, evita que você precise recorrer, no pior momento, a empréstimos e juros altíssimos de instituições financeiras.
Portanto, o primeiro passo para começar a construir uma reserva de emergência é conhecer muito bem as suas finanças. Procure listar os gastos essenciais, aqueles que independente de qualquer intercorrência, devem continuar sendo honrados. Deve-se incluir nessa etapa, por exemplo, as contas de consumo, como água, luz, gás, telefone e internet, aluguéis ou parcela mensal de financiamento imobiliário, educação e, é claro, a alimentação.
O valor final vai depender muito de outros fatores como qual é a sua ocupação e se, por exemplo, em caso de desemprego, você terá ou não direito a benefícios. Se você é funcionário público ou trabalha de carteira assinada é importante guardar pelo menos de 03 a 06 meses dos gastos básicos para a reserva financeira. Mas, se você é um profissional autônomo ou PJ, com uma renda que oscila todos os meses, o ideal é guardar de 06 a 12 meses para seus gastos essenciais.
Feito isso, a principal dica é separar o valor destinado à reserva já no inicio do mês e procurar alocar esse recurso em um produto de investimento que ofereça rentabilidade diária e possibilidade de retirada a qualquer momento, como Tesouro Selic, CDB, e Fundos DI.
* Texto retirado do blog da Luciana Ikedo e reproduzido aqui no Clube do Palestrante.
Foto de capa: Alexander Mils