NĂŁo devemos deixar que o julgamento de outras pessoas restrinjam nossas vidas. A crĂtica construtiva pode nos ajudar a crescer, mas temos que ignorar aqueles que nos querem mal.
Quantas vezes vocĂȘ teve de lidar com os julgamentos de outros?
Ăs vezes somos tĂŁo julgados atĂ© mesmo por aqueles que se dizem amigos e isso acontece com tanta frequĂȘncia que começamos a acreditar. E nos forçamos Ă suportar a carga todos os dias, sĂł para ter a aprovação e a opiniĂŁo, de terceiros, sobre o que fazemos ou deixamos de fazer.
NinguĂ©m pode ser um verdadeiro amigo ou membro de uma famĂlia forte, se se atreve a julgar sem conhecer as emoçÔes, as dores e os pesos que o outro carrega nas costas e no coração.
âJulgar Ă© muito difĂcil. Ser julgado Ă© pior ainda. Entre os dois, escolho nenhum. Prefiro ser poeta, usar gravata borboleta e morrer inocenteâ. Clara Dawn
Se Ă© isso que acontece vocĂȘ, ser julgado, empresta ao julgador os seus sapatos. Porque ninguĂ©m, mais do que vocĂȘ sabe a dor que as pedras que hĂĄ em seus sapatos lhe causa. E porque vocĂȘ tinha que ter ido por certos caminhos, navegado em certos mares; e atravessado certos rios sem perguntar a ninguĂ©m se era certo ou errado.
à verdade que é a maneira que escolhemos e seguimos os caminhos da vida que define quem somos. Mas não hå quem possa julgar, colocar na balança e condenar, uma vez que todos nós, todos os dias, tomamos decisÔes erradas.
VocĂȘ nĂŁo Ă© apenas o ser que reflete no seu espelho. VocĂȘ nĂŁo Ă© apenas o modo como vocĂȘ se veste, e as palavras que vocĂȘ diz. VocĂȘ estĂĄ no seu caminho e todas as suas experiĂȘncias de vida integrados nas profundezas do seu ser⊠Aquele caminho que ninguĂ©m, alĂ©m de vocĂȘ, tem que saber o quanto vocĂȘ o deseja.
Os que julgam, podem até dizer que não o fazem por mal, mas com a intenção de ajudar, dar um exemplo de educação. Contudo, com isso, realmente, demonstram que querem estar no controle de nossas vidas e desejosos de que engajemos o seu pensamento e suas diretrizes.
Pessoas acostumadas a julgar os outros tendem a ser geralmente o mais frustrado. São muitas vezes insatisfeitos com eles mesmo e projetam-se no outro para transformar sua necessidade de controle e intervenção na vida alheia na intenção de realizar-se de alguma maneira.
âNĂŁo julgues ninguĂ©m, porque nĂŁo vĂȘs os motivos, mas sim os atos.â Fernando Pessoa
Mas como emprestar ao julgador os seus sapatos?
Se o seu juiz for alguĂ©m que vocĂȘ muito estima, que tal escrever-lhe uma carta? Fale honestamente de seus caminhos, de suas dores, do que lhe incomoda. E depois convide-o para uma conversa franca. Mas se o seu juiz (ou juĂzes) sĂŁo apenas conhecidos e/ou familiares menos prĂłximos, ignore-os. NĂŁo responda, nĂŁo revideâŠVĂĄ seguindo sua vida. Um dia eles lhe perderĂŁo de vista. Creia.
* Texto retirado do blog do Mario SĂ©rgio Cortella e reproduzido aqui no Clube do Palestrante.
Foto de capa: Tv Mundo Maior